Updated 18/01/24

A pesquisa em parceria com organizações brasileiras é um dos pilares do IRD, que assim procura fomentar sinergias com atores nacionais e locais tais como a acadêmica, serviços estatais, autoridades locais, sociedade civil, etc. Numa perspectiva de pesquisa para o desenvolvimento sustentável, o apoio da rede diplomática francesa é uma vantagem para a implementação de dispositivos e programas de pesquisa.

    O IRD no Brasil tem 7 tipos de estruturas em parceria:

    • Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT)
    • Laboratórios Conjuntos Internacionais (LMI)
    • Programa de Jovens Equipes Associadas do IRD (JEAI)
    • International Research Network (IRN)
    • Projetos estruturantes para a formação no Sul (PSF-Sul)
    • Observatórios de pesquisa
    • A Rede Franco-Brasileira do Nordeste (ReFBN)

     

    Zonage participatif du territoire de Santarém, Amazonie bresilienne, Observatoire INCT Odisseia

    © Emilie Coudel, projet Odyssea

    Observatoire INCT Odisseia, zonage participatif du territoire de Santarém, Amazonie bresilienne (2019

    INCT

    Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) são estruturas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil que visam reunir, de forma articulada, grupos de pesquisa que trabalham em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país. A organização de redes com instituições internacionais de projeção global consolida a internacionalização da pesquisa brasileira. Os INCTs visam estimular o desenvolvimento científico e tecnológico com forte ênfase na coordenação com empresas inovadoras nas áreas do sistema tecnológico brasileiro. O financiamento destas estruturas, quando aceitas como estruturas de excelência pelo sistema brasileiro de ensino superior e investigação, é assegurado em parte pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que depende do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) sob o Ministério da Educação (MEC), e pela Fundação de Amparo a Pesquisa (FAP). O IRD no Brasil é parceiro em quatro destes programas: INCT Odisseia, INCT Ondacbc, INCT Amb-Tropic e INCT In-Tree.

    • INCT ODISSEIA: Observatório das dinâmica socioambientais na Amazônia, Cerrado e Caatinga

      2018 - 2022

      Coordenação

      Marcel Bursztyn (CDS – UnB)
      Marie-Paule Bonnet (IRD – UMR Espace-Dev)

      Contexto

      O estudo das relações entre os seres humanos e o seu ambiente é uma questão crucial pensando nas atuais alterações climáticas e ambientais. Neste contexto, foi decidida a criação do INCT Odisseia "Observatório das dinâmicas socioambientais: sustentabilidade e adaptação às alterações climáticas, ambientais e demográficas". É uma rede transdisciplinar e internacional que estuda os três principais biomas brasileiros: o bioma amazônico, o Cerrado e a Caatinga.

      Na Amazônia, os principais desafios dizem respeito ao monitoramento das dinâmicas espaciais (urbanização, usos dos solos, agricultura familiar e agronegócio) e das alterações climáticas e ambientais (o desmatamento e consequências para a regulação climática, frequência de eventos extremos, recursos hídricos, qualidade do ar, etc.).
      O bioma do Cerrado é estudado principalmente no Distrito Federal e os arredores direitos do estado de Goiás. A capital Brasília, combina planejamento urbano moderno, urbanização descontrolada e uma tradição rural em Goiás. Entre 2016-2018, uma grave crise hídrica chama a atenção do público. A causa é atribuída a uma série de anos secos, à questão de longa data do uso da terra nas bacias hidrográficas, e às transformações demográficas pelo crescimento das zonas urbanas. Este evento questiona a gestão e usos da água, a segurança alimentar e hídrica da população, bem como os efeitos da expansão urbana, muitas vezes precária, em áreas de vegetação nativa.

      Na Caatinga, o bioma semiárido mais bio-diverso do mundo, os desafios são a conservação da biodiversidade, o combate à desertificação e a melhoria da qualidade de vida da população. É considerado um dos territórios mais vulneráveis do Brasil frente às mudanças climáticas.

      Objetivos

      O principal objetivo do Observatório Odisseia é analisar a relação humano-ambiente frente às mudanças climáticas, ambientais e demográficas, desenvolvendo novas metodologias de observação e perspectivas socioambientais. Com base no desenvolvimento e monitoramento de indicadores especializados que devem facilitar a interação entre dinâmica social, organização institucional e dinâmica ecológica, serão produzidos cenários prospectivos de evolução da vulnerabilidade dos ecossitemas, aos quais serão associadas recomendações a fim de definir estratégias de adaptação, especialmente em termos de ação pública e instrumentos para melhorar a resiliência de territórios vulneráveis. Para tais fins, o observatório visa monitorar alguns sítios-piloto que atuarão como "sentinelas" da vulnerabilidade dos biomas estudados.

      Este objetivo geral requer uma abordagem interdisciplinar do estudo da vulnerabilidade dos territórios. Permitirá também a construção participativa com atores locais e territoriais na formulação dos cenários.

      ⇒ Link: Inct-odisseia

       

      Parcerias principais

      Brésil

      Serviços de Estado

      • Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
      • Instituto Nacional de Pesquisa na Amazoni (INPA)

      Universidades

      • Centro pelo Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília (CDS-UnB)
      • Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
      • Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
      • Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
      • Universidade de São Paulo (USP)
      • Universidade Federale do Pará (UFPA)

      Internacionais

      Palavras-chave

      Adaptação às mudanças climáticas; Populações locais; Ambiente; Amazônia; Caatinga; Cerrado

      Unidades francesas de pesquisa e pesquisador/a referente

    • INCT Ondacbc: Observatório Nacional da Água e da Dinâmica do Carbono na Caatinga

      2017 - 2022

      Coordenação

      Antônio Antonino, UFPE
      Rômulo Menezes, UFPE
      Claude Hammecker, IRD – UMR ECOSOLS

      Contexto

      Com mais de 50 milhões de habitantes, o Nordeste brasileiro engloba cerca de um terço da população total do país. A maior parte vive agora em zonas urbanas, em estreita relação com o mundo rural e agrícola. A Caatinga, o bioma semiárido mais bio-diverso do planeta, ocupa quase metade do Nordeste. Em termos de pesquisa, os recursos hídricos, o seu controle e o armazenamento de carbono são campos fundamentais e ainda insuficientemente estudados.

      Nesta perspectiva de desafios socioeconômicos relacionados com a conservação ambiental, foi criado o INCT Ondacbc “Observatório Nacional da Água e da Dinâmica do Carbono na Caatinga”, uma rede transdisciplinar e internacional para o desenvolvimento da pesquisa experimental e modelação da dinâmica da água e do carbono no bioma Caatinga. Este instrumento de estruturação dos programas de pesquisa permite unir os esforços de diferentes grupos, organizar os conhecimentos disponíveis, realizar projetos a longo prazo, garantir a formação de capacidades locais e participar na formulação de políticas públicas para apoiar a adaptação das populações frente à variabilidade climática na região.

      Objetivos

      O INCT Ondacbc criou uma rede de torres de medição de fluxos de energia para a pesquisa experimental e modelação da dinâmica da água e do carbono no Bioma Caatinga.
      Em termos científicos, o INCT procura:

       

      • Avaliar a dinâmica da água e do carbono no sistema solo-caatinga-atmosfera, bem como os fluxos de água, energia e CO2 neste sistema nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte;
      • Compreender os diferentes fatores ambientais que regulam a fixação biológica de azoto (FBN) nas principais culturas e vegetação nativa da Caatinga;
      • Contribuir para a melhoria da imagem 3D de solos e raízes de plantas no bioma Caatinga por tomografia de raios X e micro-ondas;
      • Realizar simulações estocásticas e determinísticas da água do solo, energia e dinâmica do carbono no sistema solo-planta-atmosfera nas áreas de pastagem e caatinga;
      • Contribuir para a formação de recursos humanos altamente qualificados que possam trabalhar na área da eco-hidrologia, imagem do ciclo biogeoquímico do carbono e azoto no solo, respondendo assim às necessidades nacionais, bem como às da região Nordeste;

      O objetivo é também agir em termos de governança e comunicação, integrando os decisores, a sociedade civil e as populações para um gerenciamento conjunto e sustentável dos recursos. A transferência dos conhecimentos adquiridos e dos resultados da pesquisa deve contribuir para as políticas públicas e consolidar as parcerias com os atores da sociedade civil. O INCT procura também estabelecer o diálogo com o público em geral e sobretudo escolar e através da educação ambiental. Pretende ainda integrar populações locais com programas de pesquisa co-construidos em uma abordagem de ciência da sustentabilidade. Sobre este último ponto, podemos citar o projeto COOPERE para o gerenciamento sustentável de resíduos em áreas urbanas, visa transformar o campus de uma das universidades parceira, a UFPE, numa cidade modelo nesta matéria.

      Principaux partenariats

      Brasil

      Serviços de Estado

      Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)

      Universités

      • Universidade Federal d Pernambouco (UFPE)
      • Universidade Federal rural do Pernambouco (UFRPE)
      • Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
      • Universidade Federal do Paraíba (UFPB)
      • Instituto nacional do semiárido (INSA)
      • Universidade Federal do Rio Grande Do Norte (UFRN)
      • Universidade do Estado de Pernambouco (UPE)
      • Universidade do Estado do Paraíba (UEPB)

      Internacionais

      Palavras-chave

      Degradação do solo; Recursos hídricos; Gases com efeito de estufa; Atmosfera; Alterações climáticas; Modelos; Armazenamento do carbono

      Unidade francesa de pesquisa e pesquisador referente

      UMR ECO&SOLS : Claude Hammecker

    • INCT AmbTropic: Ambientes Tropicais Marinhos, Heterogeneidade Espacial e Temporal e Respostas às Alterações Climáticas

      2016-2024

      Coordenação

      Arnaud Bertrand, IRD
      Moacyr Araujo, UFPE

      Contexto

      Espera-se que as mudanças climáticas determinem as características físicas, biológicas e biogeoquímicas das zonas costeiras e dos oceanos, modificando a sua estrutura ecológica, as suas funções e os vários serviços prestados aos seres humanos. Estas alterações são suscetíveis de ter graves impactos socioeconômicos à escala local (zona costeira), regional (plataforma continental e mares pouco profundos) e global (oceanos). As respostas dos ambientes marinhos dependerão também da variabilidade natural destes sistemas e de outras alterações induzidas pelos humanos devido às diferentes utilizações dos recursos marinhos e costeiros.
      O bem-estar das comunidades humanas está intrinsecamente dependente da disponibilidade dos serviços prestados por esses ecossistemas marinhos, entre os quais podemos citar a pesca, atividades de lazer, mas também serviços menos “visíveis” como a regulação climática. No Brasil, isto é particularmente importante para o Norte e Nordeste, que têm algumas das mais altas densidades populacionais do Brasil em algumas cidades costeiras.
      Foi em resposta a esta observação que nasceu o INCT "Ambientes marinhos tropicais: heterogeneidade espaço-temporal e respostas às mudanças climáticas", ou AmbTropic.

      Objetivos

      O objetivo central do INCT AmbTropic é avaliar como a heterogeneidade espaço-temporal dos ambientes marinhos tropicais pode ser utilizada para criar modelos de resposta destes ambientes e a sua resistência às mudanças climáticas, uma atividade de importância estratégica para esta populosa região.

      Destacamos também objetivos perseguidos no contexto da ciência da sustentabilidade. Primeiro, trata-se de melhorar conhecimentos científicos e de criar uma base conceitual sólida sobre o funcionamento geral e a variabilidade espaço-temporal da zona costeira tropical, plataforma e oceano. Segundo, busca-se consolidar uma infraestrutura de pesquisa moderna e adequada para o avanço das atividades científicas marinhas nas regiões Norte e Nordeste do país, e desenvolver a formação de capacidades. Estes diferentes elementos devem dar vida a uma rede de excelência acadêmica, e participar no desenvolvimento de um grupo reunindo academia, atores institucionais, sociedade civil e setor privado, para enfrentar os numerosos desafios atuais e futuros, principalmente devido às mudanças climáticas, nestas regiões.

      Parcerias principais

      Brasil

      Serviços de Estado

      • Centro d’Hydrografia Marinha
      • Fondação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)
      • Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
      • Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)
      • Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
      • Fundação de Amparo da Pesquisa do Estado de Bahia (Fapesb)

      Universidades

      • Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
      • Universidade Federal do Rio Grande du Norte (UFRN)
      • Universidade Federal de Bahia (UFBA)
      • Universidade Federal do Pernambouc (UFPE)
      • Universidade de São Paulo (USP)
      • Universidade do Estado de Rio de Janeiro (UERJ)
      • Universidade do Estado de Santa Cruz (UESC)
      • Universidade do Estado do Ceará (UEC)
      • Universidade do Estado de Bahia (UNEB)
      • Universidade do Estado do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)
      • Universidade do Estado do sudoeste de Bahia (UESB)
      • Instituto de física da Universidade de Brasília (IF-UNB)
      • Universidade Federal do Paraíba (UFPB)
      • Universidade Federal de Sergipe (UFS)
      • Universidade Federal du Ceará (UFC)
      • Universidade Federal du Maranhão (UFMA)
      • Universidade Federal du Para (UFPA)
      • Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF)
      • Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
      • Universidade Federal do Rio grande du norte (UFRN)
      • Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
      • Universidade Federal rural du Semiárido (UFERSA)
      • Universidade Federal rural da Amazônia (UFRA)
      • Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
      • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

      Internacionais

      Palavras-chave

      Ciências marinhas; Ecossistemas marinhos; Mudanças climáticas; Modelização

      Unidades francesas  de pesquisa e pesquisador/as referentes

    • INCT In-tree: Estudos transdisciplinares em ecologia e evolução

      30 de novembro de 2024

      Coordenação

      Francisca Soares de Araújo (UFC)
      Marie-Pierre Ledru (IRD-UMR ISEM)

      Contexto

      O INCT In-Tree sobre estudos transdisciplinares em ecologia e evolução tem como foco central o desenvolvimento de projetos sobre estas questões e realçando ao mesmo tempo a relação entre ciência, tecnologia e sociedade.

      A característica fundamental do In-tree é a abordagem transdisciplinar, onde vários campos do conhecimento estão integrados no desenvolvimento do projeto: física, informática, geologia, filosofia da ciência, história da ciência, educação científica, economia, comunicação, ciências agrícolas, sociologia ambiental e rural juntam-se à biologia para desenvolver a pesquisa no campo da ecologia e da evolução.

      Além disso, os projetos procuram interagir com a sociedade, o que implica um trabalho de colaboração com organizações não acadêmicas e escolas.

      Objetivos

      Os projetos são realizados por vários laboratórios associados ao In-tree. Estão divididos em 14 projetos temáticos (TP), relacionados com a pesquisa fundamental, e 5 projetos integrativos (PI) que se centram em perspectivas inter e transdisciplinares.

      Os programas em parceria com o IRD centram-se na perda de biodiversidade em áreas degradadas no estado do Ceará (PT10). O objetivo é estudar os ambientes passados desta região, particularmente no bioma Caatinga, a fim de compreender que efeitos - benéficos, negativos ou mesmo devastadores - a ação humana tem tido sobre este ambiente. O objetivo do projeto é fornecer elementos concretos para ações a empreender a favor da conservação e orientar programas de reestruturação de zonas degradadas.

      Parcerias principais

      Serviços de Estado

      • Instituto Chico Mendes de Conservação da biodiversidade (ICMBio)
      • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará  (IFCE)

      Universidades

      • Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal du Ceará (PPGERN-UFC)
      • Universidade Regional do Cariri (URCA)
      • Universidade Estadual do Ceará (UECE)
      • Universidade Estadual do Vale do Acarau (UVA)
      • Universidade de Campinas (Unicamp)

      Sociedade civil

      Associação Caatinga

      Palavras-chave

      Ciência de modelos; Climas passados; Ambientes passados; Semiárido; Desertificação; Conservação ambiental

      Unidade francesa de pesquisa e pesquisadora referente

      UMR ISEM : Marie-Pierre Ledru

    Campagne Océanographique ABRAÇOS 2 : tri des échantillons d’organismes mésopélagiques – LMI TAPIOCA.

    © IRD - Arnaud Bertrand

    Campagne Océanographique ABRAÇOS 2 : tri des échantillons d’organismes mésopélagiques – LMI TAPIOCA (Brésil, 2020)

    LMI

    Os Laboratórios Conjuntos Internacionais (LMI) são estruturas operacionais de pesquisa e formação, fisicamente localizadas nas instalações de parceiros no Sul e dedicadas à realização de projetos conjuntos de pesquisa, formação e inovação com base em uma plataforma científica comum (laboratórios, equipamento, recursos informáticos, documentação, etc.). No Brasil, existem o LMI Tapioca e o LMI Sentinela.

    • LMI IDEAL

      2023 - 2027

      Coordenação

      • Brasil : Rafael L.G. RAIMUNDO, Universidade Federal da Paraiba (UFPB)
      • França : Laure BERTI-EQUILLE, IRD – UMR ESPACE-DEV (Espaço para o desenvolvimento)

       

      Objetivos

       

      A LMI IDEAL tem como objetivo :

      •  Promover a pesquisa interdisciplinar e promover aplicações e sínteses de conhecimentos que liguem os conceitos, métodos e dados multidisciplinares em agroecologia, biodiversidade, hidrologia e ciências sociais. Para isso, aplicaremos inteligência artificial (IA) e ciência de dados (DS) para descrever as condições sócio-ecológicas atuais a partir de grandes conjuntos de dados e co-construir modelos de vias de transformação adaptativa para paisagens agroecológicas sustentáveis no Nordeste brasileiro;
      • Propor cursos universitários e programas de intercâmbio científico sobre IA e DS aplicadas às ciências do desenvolvimento sustentável. Organizaremos seminários, workshops temáticos e treinamentos através da ITAN, a rede de adaptação transformativa IDEAL, que conectará instituições e territórios que enfrentam desafios semelhantes;
      •  Fortalecer a visibilidade internacional das equipes de pesquisa brasileiras com publicações de ponta, demonstradores de código aberto e dados FAIR apoiando as partes interessadas, governos e comunidades em transições sócio-ecológicas.

      Parcerias principais

      • Universidade Federal da Paraiba (UFPB)
      • Escola Politécnica - Universidade de São Paulo (EPUSP)
      • Federal University of Rio Grande do Norte, Brasil (UFRN)
      • GBIF (Brasil)
      • INCT ODISSEIA - University of Brasilia (UnB), Brasil
      • INCT OndaCBC - Federal University of Pernambuco (UFPE), Brasil
      • Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation, Brazil (CEMAVE)
      • FUNCEME (Fondation de l’État brésilien du Ceará de Météorologie et Ressources en Eau), Brasil 

      Disciplinas

      Agroecologia, Inteligência Artificial, Observação da Terra, Ciência da Informação, Sociologia.

      Palavras-chave

      Antropoceno, Covibilidade, Biodiversidade, e-ciência, Governança

      Unidades francesas de pesquisa e pesquisadora/es referentes

      • UMR IRD n°228 – Espace pour le développement (ESPACE-DEV) – Université de Montpellier / IRD / Université des Antilles / Université de Guyane / Université de la Réunion
      • UMR IRD n°237 – Institut méditerranéen de biodiversité et d'écologie marine et continentale (IMBE) – Aix-Marseille Université / IRD / Université d’Avignon
      • UMR IRD n°208 – Patrimoines locaux, environnement et globalisation (PALOC) – MNHN / IRD
      • UMR IRD n°209 – Unité de modélisation mathématique et informatique des systèmes complexes (UMMISCO) – Sorbonne Université / IRD
    • LMI Tapioca

      2018 - 2022

      Coordenação

      Moacyr Araújo, UFPE
      Flávia Lucena, UFRPE
      Arnaud Bertrand, IRD - UMR MARBEC

      Contexto

      O Brasil reconheceu recentemente a grande importância dos recursos naturais e das reservas minerais ao longo dos seus 7.500 km de costa, denominada "Amazônia Azul". Esta ainda pouco conhecida parte do Atlântico tropical cristaliza, no entanto, muitas questões ambientais, climáticas e socioeconômicas.

      Há duas razões principais para esta situação: a pesquisa em ciências marinhas ainda não tem uma projeção internacional, e certos aspectos da oceanografia permanecem pouco ou mesmo inexplorados.

      Neste contexto, o LMI Tapioca foi criado com o objetivo de desempenhar um papel estruturante no desenvolvimento de um centro de excelência em ciências marinhas em Recife.

      Objetivos

      O LMI Tapioca está organizado em dois eixos interligados. O primeiro visa a observação de estruturas e dinâmicas oceânicas a diferentes escalas. O segundo centra-se na ocupação do espaço por organismos marinhos e pescadores, utilizando marcas naturais e artificiais. A modelação em diferentes formas (conceitual, estatística, numérica) é uma dimensão transversal.

      Outros aspectos fundamentais são o desenvolvimento de novas disciplinas, como a acústica do ecossistema, e a formação de capacidades. Até final de 2020, 7 pós-doutorandos e 57 estudantes (20 PhD, 21 Mestrado, 16 Graduação), do Brasil, outros países da América Latina, África ou Europa eram supervisionados por membros do LMI Tapioca.

      O LMI está também envolvido no desenvolvimento da cultura científica e está realizando ações em várias frentes, incluindo dispositivos digitais (ver “Ciência para todos”).

      Parcerias principais

      • Universidade Federal do Pernambuco (UFPE)
      • Universidade Federal rural du Pernambuco (UFRPE)

      Palavras-chave

      Ecossistema marinho; Oceanografia; Mudanças climáticas; Biologia marinha; Biodiversidade marinha.

      Unidades francesas de pesquisa e pesquisadora/es referentes

    • LMI Sentinela

      2018-2025

      Coordenação

      Christovam Barcellos, FIOCRUZ
      Emmanuel Roux, IRD - UMR ESPACE DEV
      Helen Gurgel, UnB

      Contexto

      O ambiente e as suas modificações (alterações climáticas, mudanças no uso e ocupação do solo, urbanização, etc.), bem como as relações mantidas entre esse e sociedades humanas, são fatores determinantes no campo da saúde pública.

      Neste contexto e para entender as inter-relações entre ambiente e saúde, o LMI Sentinela propõe uma abordagem transdisciplinar integrada entre Geografia, Ambiente, Clima e Saúde.

      Objetivos

      O LMI Sentinela procura estruturar e perpetuar a abordagem integrada de Geografia, Ambiente, Clima, Saúde no Brasil, nos setores do ensino e da pesquisa, para reforçar políticas públicas, e aumentar a projeção internacional das equipes brasileiras trabalhando neste campo.

      Tem dois eixos principais de pesquisa localizados em dois laboratórios:

      • O observatório clima e saúde, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a principal instituição de saúde pública brasileira vinculada ao Ministério da Saúde, visa a implementação operacional e sustentável de observatórios do clima, do ambiente e da saúde, em várias escalas, e participa na formação para e através da pesquisa a nível de mestrado e doutorado;
      • O Laboratório de Geografia, Ambiente e Saúde (LAGAS) da Universidade de Brasília (UnB), visa proporcionar ensino e formação universitária através da pesquisa a nível de graduação, mestrado e doutorado na área da geografia aplicada à relação entre ambiente e saúde, sob a supervisão do Ministério da Educação.

      As equipes contribuem para o desenvolvimento da pesquisa e ensino sobre o tema, e para a apropriação dos resultados do seu trabalho pelas políticas de saúde pública.

      Palavras-chave

      Alterações ambientais e climáticas; Saúde pública; Doenças de origem vetorial; Zonas transfronteiriças

      Parcerias principais

      • Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
      • Universidade de Brasília (UnB)

      Unidades francesas de pesquisa e pesquisadores referentes

    Obervations des oiseaux par les ornithologues lors de la campagne MAFALDA, prédecesseure de la JEAI Tabasco. Archipel Fernando de Noronha, Brésil 2019.

    © IRD - Sophie Bertrand

    Obervations des oiseaux par les ornithologues lors de la campagne MAFALDA, prédecesseure de la JEAI Tabasco. Archipel Fernando de Noronha, Brésil 2019.

    JEAI

    O programa Jovens Equipes Associadas ao IRD (JEAI) visa a emergência e o reforço das equipes de pesquisa nos países em desenvolvimento. O objetivo é permitir que um grupo de pesquisadore/as se une para levar a cabo um projeto de pesquisa e formação em estreita colaboração com uma ou várias unidades de pesquisa do IRD. Esta parceria visa o reconhecimento de um campo de pesquisa, a ancoragem no ambiente acadêmico local e inserção em redes científicas regionais e internacionais. No Brasil, existem o JEAI Tabasco e o JEAI Ex-Met.

    • JEAI Novidades

      2022-2024

      Coordenação

      Marta Castilho, UFRJ
      Mireille Razafindrakoto, IRD
      François Roubaud, IRD

      Contexto

      Como trabalharemos amanhã? Em 2020, a crise da Covid-19 perturbou um contexto global em profunda mutação. As transformações estruturais no trabalho são de três tipos: as mudanças tecnológicas, a globalização produtiva e comercial, e a transição verde. O Brasil não é imune a nenhum destes movimentos fundamentais, que têm o potencial de afetar não só o volume de emprego e a distribuição setorial, mas também a sua qualidade, com efeitos sobre as desigualdades. Pois enquanto a educação, os aumentos do salário mínimo e os programas sociais, incluindo o emblemático Bolsa Família, desempenharam um papel decisivo na redução global das desigualdades, especialmente durante os anos 2000, a crise econômica de 2015-2016 e a desregulamentação do mercado de trabalho inverteram a curva, uma tendência agravada pela crise sanitária devido à Covid-19.

      Objetivos

      Neste contexto, a JEAI Novidades, "Mudanças estruturais, reconfigurações do trabalho e NOVas desIgualDADES no Brasil", procura compreender de que será feito o trabalho de amanhã. Como pode afetar, positiva ou negativamente, o volume, a qualidade dos empregos e a distribuição dos empregos por ramo de atividade? Estas mudanças serão favoráveis ou irão piorar as desigualdades de gênero, étnico-raciais, geracionais ou espaciais? Estas são algumas das perguntas que a jovem equipe tentará responder.

      Principal parceria

      Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

      Unidade francesa de pesquisa

      UMR LEDa - Equipa DIAL

      Palavras-chave

      Mercado de trabalho, Desigualdade, Globalização, Mudança tecnológica, Transição ecológica

    • JEAI SANA

      2022-2024

      Coordenação

      Contexto

      O Antropoceno assinala a entrada num período em que as atividades humanas determinam uma cadeia de mudanças globais e sistêmicas. Esta nova era compromete as sociedades humanas a uma profunda evolução da sua organização, à medida que a aceleração das perturbações climáticas, a perda de solos e o colapso da biodiversidade vegetal e animal, causados pela generalização dos padrões de produção e consumo à escala planetária, arruínam os fundamentos históricos do projeto de emancipação que, formulado nas democracias liberais, define a noção de progresso e modernidade com base no "ideal de abundância".

      No entanto, embora reconhecido como uma questão universal, o Antropoceno implica considerar as questões específicas de cada sociedade e território. É também importante integrar diferentes escalas de tempo e espaço para compreender a dinâmica do ambiente, tanto em termos de mudanças nas relações mútuas entre a sociedade e o ambiente, como através da definição de um quadro de referência pré-antrópico capaz de identificar o papel das atividades humanas na crise global. A fim de ligar disciplinas e escalas temporais, optamos pela observação dos solos, a interface entre clima e vegetação, que desempenham um papel central nos ciclos biogeoquímicos (particularmente o do carbono), estando ao mesmo tempo no centro das atividades humanas essenciais. Assim, a crise global faz parte da combinação de dois nexos, que são biodiversidade/clima/recursos e sociedade/alimentos/recursos, enquanto se traça uma continuidade entre práticas individuais, a organização social e territorial, e interações entre sociedade e ambiente.

      No Brasil, o estudo está localizado na vasta e densamente povoada região do semiárido nordestino, um lugar onde as tensões socioambientais são exacerbadas por estruturas sociais desiguais, forte crescimento demográfico e alterações climáticas.

      Objetivo

      Neste contexto social e geográfico, o JEAI "Semi-Árido Nordeste do Brasil no Antropoceno" (SANA) é um projeto transdisciplinar que visa estudar a crise global a partir de uma abordagem territorial, permitindo tanto ligar as escalas regional e local no estudo como abordar a crise global, não seguindo uma abordagem econômica setorial ou de acordo com riscos específicos, mas inscrevendo-a na dinâmica global da organização social.

      Para o efeito, a equipa trabalhará segundo 4 linhas:

      • Estudar a dinâmica da erosão do solo hoje e ao longo do tempo,
      • Reconstituir a evolução e a dinâmica atual e recente da vegetação e da cobertura do solo
      • Melhorar os conhecimentos sobre a definição de alterações climáticas na região, adaptando os modelos de projeção climática na escala regional e do Semiárido
      • Explorar, graças às ciências sociais, em que contexto de mudanças sócio-territoriais estas dinâmicas têm lugar

      Palavras-chave

      População-ambiente, Antropoceno, Transdisciplinaridade, Semiárido, Nordeste

      Principais parcerias

      Unidades francesas de pesquisa

      • URMIS (UMR 205)
      • Eco&Sols (UMR 210)
      • ISEM (UMR 226)
      • CEREGE (UMR 161)
    La confluence des fleuves Amazone et Tapajós à Santarém

    © NASA earth observatory

    La confluence des fleuves Amazone et Tapajós à Santarém

    IRN

    Um International Research Network (IRN) é uma rede de laboratórios franceses e estrangeiros formada entre vários países, incluindo pelo menos um país emergente ou em desenvolvimento, e com um comitê de coordenação científica.

    • ARID

      2019 - 2027

      Coordenação

      SarahTweed, IRD-UMR G-EAU
      Eduardo Martins, Funceme

      Contexto

      As regiões áridas, semiáridas e mediterrâneas ocupam mais de um terço da superfície terrestre do mundo e abrigam um quarto da população mundial. Estas zonas estão passando por mudanças espetaculares, impulsionadas pelo crescimento populacional, mas também por muitas outras pressões antropogênicas e climáticas. Isto tem repercussões diretas sobre os recursos hídricos, amplamente utilizados para fornecer água potável e desenvolver a produção agrícola. Reciprocamente, a disponibilidade de água impulsiona numerosas dinâmicas humanas, tanto individuais como coletivas

      No entanto, estas regiões apresentam situações variadas, tanto nas suas componentes biofísicas como econômicas e sociais. Os recursos hídricos podem ser relativamente abundantes (grandes aquíferos porosos do Magrebe e do Sahel) ou muito frágeis, como é o caso do Nordeste brasileiro, a região semiárida mais biodiversa e entre as mais populosa do mundo. Do mesmo modo, a exploração da água para uso agrícola pode variar desde um nível baixo com uma ampla margem de aumento, por exemplo no Sahel, até à superexploração em aquíferos mediterrâneos. Mas em todos os casos, os recursos, os usos e as suas interações são ainda insuficientemente conhecidos, embora estejam sendo afetados profundamente pela ação humana. Daì a necessidade de aumentar os conhecimentos sobre o assunto através da partilha de experiências e abordagens e da colocação das várias situações em perspectiva, razão pela qual nasceu o GDRI-Sud ARID entre a Argélia, Brasil, Camarões, França, Mauritânia, Senegal e Tunísia.

      Objetivos

      A fim de melhor compreender as diferentes dinâmicas espaço-temporais das águas subterrâneas e a diversidade das formas como as populações se adaptam à disponibilidade de água, o GDRI realiza uma análise diacrônica e interdisciplinar da relação entre as sociedades humanas e a água, particularmente no que diz respeito à evolução das práticas agrícolas. Ao comparar situações muito diferentes (geologia, clima, formas de agricultura, contexto econômico e social), o objetivo é identificar os principais fatores na evolução do recurso, a sua respectiva importância de acordo com as regiões e a sua evolução temporal. Esta análise do passado e do presente deverá permitir uma melhor definição dos vários cenários de evolução possíveis e assim fornecer elementos de reflexão aos intervenientes locais, tanto usuários como decisores.

      Parcerias principais

      Brasil

      Serviços de Estado

      • Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)
      • Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)

      Universidade

      Universidade Federal do Rio Grande du Nord (UFRN)

      Cooperação sul-sul

      Internacionais

      HydroSciences Montpellier (HSM), France

      Palavras-chave

      Recursos hídricos; Desenvolvimento agrícola; Sutentabilidade; Semiárido; Mundaças globais; Cooperação sul-sul

      Unidades francesas de pesquisa e pesquisadores referentes

    • WIN

      2016-2022

      Coordenação

      Vincent Corbel, IRD - UMR MIVEGEC
      Ademir Martins, Fiocruz
      Correio do projeto: winprojectoffice@ird.fr

      Contexto

      Dengue, chikungunya, Zika... estas doenças virais, chamadas arboviroses, são transmitidas por mosquitos do gênero Aedes, vulgarmente conhecido como o mosquito tigre. Há vários anos que têm surgido em todas as regiões do mundo, graças à expansão dos mosquitos. Na ausência de vacinas e tratamentos terapêuticos, o controlo de mosquitos através da utilização de inseticidas tem sido até hoje a arma mais eficiente. Infelizmente, o uso intensivo e repetido dos mesmos inseticidas durante mais de 40 anos levou à seleção e propagação da resistência à escala global - resistência agora considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um grande obstáculo ao controlo destas doenças.

      Embora existam aproximadamente 100 milhões de casos notificados de dengue por ano (no Brasil, a taxa de incidência do vírus da dengue é de 48,9/100.000 habitantes) e o vírus Zika tenha sido notificado em mais de 30 países da América Latina e do Caribe em particular, há muito pouca pesquisa sobre a resistência do mosquito tigre aos inseticidas, o que constitui uma questão de saúde pública.

      Neste contexto, o GDRI-WIN (Worldwide Insecticide resistance Network) nasce como a primeira rede internacional para o monitoramento da resistência aos inseticidas.

      ⇒ Link: win-network.ird

      Objetivos

      A fim de identificar lacunas e prioridades no controlo dos vetores e na gestão da resistência, o GDRI visa desenvolver a pesquisa sobre o assunto, ajudar a OMS nas políticas de saúde, formar os atores da saúde pública sobre a questão da resistência e, por último, promover o encontro de atores da pesquisa, sociedade civil, instituições e setor privado, a fim de colocar a resistência no centro da agenda internacional.

      Graças a um mapeamento global da resistência, a rede foi capaz de identificar as áreas mais afetadas pelo fenômeno, incluindo a América do Sul e o Caribe, mas também a dificuldade de avaliar com precisão o fenômeno devido à diversidade dos métodos utilizados. Outra área de pesquisa é a análise de como funciona a resistência aos mosquitos. A rede procura também avaliar estratégias alternativas à utilização de inseticidas, a fim de contribuir para um melhor controle da população.

      Parcerias principais

      Brasil

      Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

      Cooperação sul-sul

      • Malaria Research & Training Center (MRTC), Mali
      • National Environment Agency (NEA), Singapour
      • National Institute of Malaria Research (NIMR), Inde
      • School of Public Health, Tehran University of Medical Sciences (TUMS), Iran
      • Kasetsart University (KU), Thaïlande

      Internacionais

      • Institut Pasteur de la Guyane (IPG), Guyane, França
      • Centers for Disease Control and Prevention (CDC), USA
      • Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), França
      • Notre Dame University (NDU), USA
      • QIMR Berghofer, Austrália
      • Center for Vector Biology, Rutgers University, USA
      • National Institute of Infectious Diseases (NIID), Japão
      • Swiss Tropical and Public Health Institute (Swiss TPH), Suíça
      • Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) Portugal
      • Foundation for Research and Technology (FORTH) Grécia
      • Liverpool School of Tropical Medicine (LSTM) Reino Unido
      • Oxford University, Reino Unido

      Palavras-chave

      Saúde; Resistência aos inseticidas; Mosquitos; Arboviroses; Doenças negligenciadas

      Unidade francesa de pesquisa e pesquisador referente

      UMR MIVEGEC : Vincent Corbel

    • RAINSMORE

      2022 - 2025

      Coordenação geral

      Marielle Gosset, IRD GET

      Brasil

      Tarcisio F.Maciel, Wireless Telecommunications Research Group (GTEL), UFC

      Contexto

      Dados os benefícios que traz, os desastres que pode causar e as situações dramáticas que a sua falta ocasiona, a chuva é considerada a variável climática com maior impacto no bem-estar dos seres humanos e das sociedades. A precipitação desempenha um papel importante nos ciclos da água e da energia, razão pela qual quantificar e analisar a sua variabilidade numa gama de escalas espaciais e temporais é de interesse para uma grande comunidade de cientistas e usuários: especialistas em clima, gestores de bacias hidrográficas, serviços hidrometeorológicos, funcionários da segurança civil, mas também agricultores, para dar apenas alguns exemplos.

      Apesar deste interesse universal, a estimativa precisa da precipitação continua a ser difícil em qualquer ponto do mundo. As redes pluviais não são suficientemente densas, especialmente nas regiões tropicais onde os riscos são elevados: riscos de seca e inundações, modelos de previsão incertos, em contextos de conflitos latentes sobre os recursos hídricos.

      Objetivo

      O GDRI RAINSMORE nasceu desta observação. Através da ligação em rede de laboratórios na África - Costa do Marfim, Camarões e Níger - América do Sul - Bolívia, Brasil, Uruguai - e França, os cientistas tentarão combinar diferentes métodos de estimativa da precipitação de acordo com os contextos locais. Os pluviômetros, radares meteorológicos, satélites ou a utilização da rede de telecomunicações - cujos sinais são sensíveis ao teor de água da atmosfera e permitem prever a precipitação, particularmente em áreas urbanas (ver iniciativa RainCell Africa) - são técnicas complementares. Agora que as suas vantagens e limitações foram exploradas, o desafio permanece: como combinar estes dados heterogêneos para aproveitar ao máximo esta complementaridade? Isto é o que este projeto irá explorar.

      Principais parcerias

      Brasil

      Serviços do Estado

      • Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN)
      • Fundação Ceará de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)

      Universidade

      Universidade Federal do Ceará (UFC)

      Cooperação Sul-Sul

      • Universidade FHB, LASMES, Costa do Marfim
      • Société d'Exploitation et de Développement Aéroportuaire, Aéronautique et Météorologique, SODEXAM, Costa do Marfim
      • Universidad Mayor de San Andres (UMSA), Bolívia
      • Universidade de Douala, Camarões
      • Universidade Abdou Moumouni, Niger
      • Centro Hidrógico de Salto, Uruguai
      • Universidad República, Campus LN, Uruguai

      França

      Universidade da Guiana

      Palavras-chave

      Precipitação, Sistema de Previsão, Ciência de Dados, Rede, Interdisciplinar

      Unidades francesas de pesquisa

      • UMR GET
      • UMR HSM
      • UMR LEGOS
      • UMR EspaceDev
      • UMR IGE
    • CARDAPIO

      2023 - 2027

      Coordenação geral

      Nicholas HALL, IRD LEGOS

      Brasil

      Aubains HOUNSOU GBO, Universidade Federal do Ceará, LABOMAR, Fortaleza, Brasil

      Contexto

      As precipitações continentais nos trópicos são de importância vital para uma grande parte da população mundial e representam um grande desafio científico, tanto em termos de sua natureza fundamental quanto de sua previsão. Os padrões de precipitação nas regiões tropicais têm um ciclo sazonal marcante, mas também estão sujeitos a grandes variações interanuais e intra-sazonais. A compreensão e a previsão dessas variações são cruciais para o gerenciamento da água, a agricultura, a geração de energia, a proteção ambiental etc.

      As variações das precipitações continentais são influenciadas, por um lado, pela resposta da atmosfera tropical às anomalias da temperatura da superfície do mar (SST), que é um componente relativamente duradouro do sistema; por outro lado, a resposta da atmosfera, que assume a forma de ondas tropicais e mudanças na circulação em grande escala, por sua vez, tem impacto nas regiões continentais e modifica a precipitação.

      As previsões sazonais feitas pelos serviços meteorológicos nacionais usando modelos de circulação geral (GCMs) exigem recursos de computação que não estão disponíveis em todos os lugares. No entanto, alguns dos processos básicos envolvidos podem ser estudados usando métodos mais simples que são mais acessíveis quando os recursos são limitados. Essa abordagem complementar pode ajudar a avaliar e aprimorar o esforço nacional de previsão.

      Objetivo

      O objetivo do CARDAPIO é estudar os padrões de precipitação em torno do cinturão tropical usando várias abordagens, em especial a modelagem dinâmica da atmosfera e a modelagem estatística das ligações entre as SSTs tropicais e a variabilidade da precipitação. As previsões serão usadas para testar as abordagens. Um sistema de previsão sazonal, o DREAM, está sendo testado atualmente na FUNCEME em Fortaleza. Em termos de previsões históricas, ele oferece um nível de qualidade comparável ao das simulações de GCM, que são muito mais caras em termos de capacidade de computação.

      Para estudar as variações regionais das precipitações no Brasil, na África Ocidental e no Sudeste Asiático, o consórcio reúne especialistas em atmosferas tropicais de três continentes, todos os quais já colaboraram com o LEGOS, mas têm menos experiência de trabalho conjunto. As regiões escolhidas passam por estações chuvosas em diferentes épocas do ano, mas todas estão sujeitas às influências globais das SSTs nas três principais bacias oceânicas. A abordagem comparativa escolhida e as simulações fornecerão dados para as avaliações de impacto.

      Principais parcerias

      Brasil

      Serviços do Estado

      • Fundação Ceará de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)

      Universidade

      Universidade Federal do Ceará (UFC)

      França

      Universidade de Toulouse 3

      Palavras-chave

      Precipitação, Atmosfera, Recursos hídricos

      Unidades francesas de pesquisa

      • UMR GET
      • UMR HSM
      • UMR LEGOS
      • UMR EspaceDev
      • UMR IGE
    • MIGRAPATHO

      2023 - 2027

      Coordenação geral

      Julio BENAVIDES, IRD MIVEGEC

      Brasil

      Aline Campos, Secretária de Estado da Saúde de Rio Grande do Sul, State Center for Health Surveillance (CEVS), Brasil

      Prof. Jane Megid, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Departamento de Produção Animal e Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Medicina Veterinária e Ciência Animal, Brasil

      Contexto

      As aves migratórias são vetores de várias doenças infecciosas, algumas das quais, como a gripe aviária, têm um alto potencial epidêmico. O projeto MIGRAPATHO tem como objetivo criar estruturas de rede em seis países da América do Sul, América Central e Caribe para estudar a circulação de patógenos potencialmente transmitidos por aves migratórias.

      Objetivos

      • Identificar as principais espécies de aves e morcegos migratórios com probabilidade de disseminar vírus zoonóticos e bactérias resistentes a antimicrobianos no continente;
      • Quantificar e fortalecer a capacidade de vigilância dos países latino-americanos que hospedam as espécies migratórias estudadas;
      • Modelar diferentes cenários para a disseminação de agentes patogênicos por meio de rotas migratórias compatíveis com os casos relatados no continente;
      • Prever o impacto da mudança climática na migração de aves e morcegos e o risco subsequente de disseminação para humanos e animais domésticos.

      Principais parcerias

      Brasil

      Serviços do Estado

      State Center for Health Surveillance (CEVS)

      Universidade

      Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)

      França

      Université de Montpellier

      Palavras-chave

      Saúde, Zoonose, Patógeno

      Unidades francesas de pesquisa

      • UMR MIVEGEC
    Atelier participatif et restitution par Jorg Bogumillors du séminaire du réseau franco-brésilien pour le développement durable du semi-aride du Nord-Est (ReFBN), 60 scientifiques du Brésil, de Tunisie et de France se sont réunis (2019)

    © IRD - Marion Disdier

    Atelier participatif et restitution par Jorg Bogumillors du séminaire du réseau franco-brésilien pour le développement durable du semi-aride du Nord-Est (ReFBN), 60 scientifiques du Brésil, de Tunisie et de France se sont réunis (2019)

    PSF-Sud

    Os Projetos estruturantes para a formação no Sul (PSF-Sud) visam contribuir para a formação de estudantes, professores-pesquisadora/es, pesquisadore/as, engenheiro/as e técnico/as dos países do Sul, para reforçar as políticas dos locais universitários do Norte e do Sul e as suas ligações mútuas, para enriquecer projetos ou dispositivos de pesquisa em parceria do IRD (JEAI, LMI, GDRI-Sud) através da formação de capacidades.

    • PSF Fluvius

      2023 - 2026

      Coordenação

      Naziano Filizola, UFAM
      Jean-Michel Martinez, IRD - UMR GET, HyBAM

      Contexto e objetivos

      FLUVIUS - Anavilhanas é uma iniciativa de formação técnica financiada pelo IRD e operada pela Universidade Federal da Amazônia (Manaus) e pelo laboratório Geociências Ambientais Toulouse (GET). A formação faz parte do programa PSF do IRD e foi concebido para atender a uma demanda de transferência de conhecimento adquirido pela equipe internacional que desenvolve o Serviço de Observação HYBAM na Amazónia há 20 anos sobre o estudo do ciclo da água na Amazônia e, em particular, a hidrologia e a geoquímica da maior bacia hidrográfica do mundo.

      Serão desenvolvidas atividades de formação centradas num público que trabalha com questões ambientais, mas sem vínculo direto com a comunidade científica. A iniciativa destina-se principalmente a funcionários de órgãos ambientais governamentais e regionais, ONGs, serviços ambientais ou movimentos ambientalistas, com formação superior ou pós-graduação em áreas afins, e que estejam interessados em trabalhar no monitoramento de recursos hídricos na Amazônia.

      O PSF Fluvius oferece capacitação em novas tecnologias para o monitoramento de unidades de conservação (UC) na Amazônia, com o objetivo de apoiar e melhorar a eficácia das ações de monitoramento dos atores ambientais (órgãos, ONGs, comunidades locais, academia). Em um contexto de degradação acelerada do meio ambiente amazônico (desmatamento, mudanças climáticas, garimpo, etc.) e de um poder público pouco eficaz na gestão do meio ambiente regional por diversas razões, o objetivo é transmitir os resultados de pesquisas, principalmente no âmbito do IRD, a um público variado, a fim de tornar o monitoramento ambiental mais eficaz, informações básicas para sensibilizar as populações e instituições locais e nacionais.

      Os alunos receberão treinamento teórico e prático centrado no estudo de casos de degradação ambiental, por meio do qual adquirirão a capacidade de coletar dados usando tecnologias modernas, processá-los e analisá-los e produzir estudos destinados a fornecer um relato preciso da situação ambiental na região amazônica.

       

      Parcerias principais

      Iniciativa e patrocínio:
      • Universidade Federal do Amazonas (UFAM)Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGGEO)
      Realização:
      • SO HYBAM
      • Rios OnLine
      Apoio:
      • Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM)
      • Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)
      • Parque Nacional de Anavilhanas
      • Universidade Federal Fluminense (UFF)

      Palavras-chave

      Formação, parceria científica, práticas de amostragem ambiental no meio fluvial tropical, Amazônia, mudanças climáticas

      Unidade francesa de pesquisa e pesquisadore/as referentes

    Expédition Vàrzea de Janauacà, en Amazonie Brésilienne.

    © IRD

    La Vàrzea de Janauacà est située sur la rive droite du Rio Solimoes, à une cinquantaine de kilomètres en amont de la confluence avec le Rio Negro, où les deux cours d'eau forment l'Amazone. Observatoire HYBAM (Brésil, 2007)

    Observatórios de pesquisa

    Os Observatórios de pesquisa são redes internacionais que procuram observar fenômenos ambientais, climáticos ou sociais e as suas variações em uma determinada área durante um longo período de tempo, a fim de gerar dados que forneçam respostas a questões científicas fundamentais, mas também às necessidades das populações.

    • Observatório PIRATA

      Desde 1997

      Coordenação

      Bernard Bourlès, IRD - US IMAGO
      Fabrice Hernandez, IRD - UMR LEGOS
      Eduardo Martins, Funceme

      Contexto

      O observatório PIRATA (Prediction and Research Moored Array in the Tropical Atlantic) é um programa de observação oceânica operacional e multinacional (França, Brasil, EUA) cujo principal objetivo é compreender melhor as interações entre oceano e atmosfera e as variações observadas no Atlântico tropical, a curto, médio e longo prazo. Esta região oceânica influencia fortemente os hidroclimas, e consequentemente, as economias das regiões limítrofes: África Ocidental, Nordeste Brasileiro, Caribe e Estados Unidos de América.
      Assim, o observatório PIRATA é inicialmente motivado por questões científicas fundamentais, mas também por necessidades sociais para previsões meteorológicas mais precisas e conhecimentos mais aprofundados sobre as variações climáticas, o ambiente marinho e a evolução dos ecossistemas, e os seus impactos potenciais.

      ⇒ Link: Observatoire Pirata

      Objetivo

      O observatório PIRATA mantém uma rede de 18 bóias meteo-oceânicas para o acompanhamento em tempo real do clima do Atlântico tropical em locais selecionados. Este monitoramento fornece elementos adicionais para o diagnóstico e previsão sazonal do clima sob a dupla influência do oceano e da atmosfera. Ao analisar e assimilar os dados adquiridos nos modelos numéricos operacionais utilizados para a previsão climática, é possível antecipar melhor a variabilidade climática nas regiões continentais vizinhas, como o Nordeste brasileiro.

      As campanhas anuais dedicadas à manutenção das bóias, sujeitas a riscos ambientais, técnicos, ou de vandalismo são essenciais para a manutenção da rede e, consequentemente, das séries temporais de observação.

      Parcerias principais

      Brasil

      Serviços do Estado

      • Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
      • Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)
      • Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN)
      • Fondação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)

      Universidade

      Universidade Federal do Pernambuco (UFPE)

      Internacionais

      • Météo-France
      • Instituto nacional das ciências do universo, Centro nacional da pesquisa científica (INSU-CNRS)
      • Instituto francês de pesquisa para a exploração do mar (Ifremer)
      • Laboratório ambiental marinho do Pacifico – Administração nacional oceanica e atmosférica (PMEL- NOAA), USA
      • Laboratório Oceanográfico e Meteorológico do Atlântico (AOML- NOAA), USA

      Palavras-chave

      Oceanografia; Meteorologia; Mudanças climáticas

      Unidades francesas de pesquisa e pesquisadores referentes

    • Observatório HYBAM

      Desde 2003

      Coordenação

      Jean-Michel Martinez, IRD - UMR GET

      Contexto

      Localizada entre os oceanos Atlântico e Pacífico, dois dos principais reguladores do clima global, a bacia amazônica é uma sentinela do impacto das mudanças climáticas a nível global. A bacia amazônica, por sua vez, afeta a biosfera através dos enormes fluxos de água e sedimentos que são levados para o estuário - 20% das aguas continentais que chegam aos oceanos e 200.000 m3 de sedimentos - mas também através dos fluxos de umidade e gases de efeito estufa que chegam à atmosfera. Portanto, essas mudanças da maior bacia hidrográfica do planeta são continuamente monitoradas pelo Serviço de Observação (SO) HYBAM (Hidro-sedimentologia da bacia do Amazonas), até o presente, o único dispositivo existente especializado no monitoramento dos rios da Amazônia.

      ⇒ Link: Observatoire Hybam

      Objetivo

      Através do monitoramento constante, o SO HYBAM procura determinar se as mudanças observadas têm uma origem regional – tais como mudanças maciças no uso da terra, desmatamento, construção de barragens, petróleo e mineração, etc. – ou se são o resultado de dinâmicas globais do clima e das mudanças globais. O SO HYBAM pode ser utilizado para avaliar o impacto das alterações climáticas sobre o ambiente.

      O SO-HYBAM é coordenado pelo IRD em parceria com várias universidades e agências de água de países da região Amazônica (Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, Colômbia). Na prática, fornece informações sobre o ciclo da água na Amazônia, as quais são complementadas pelo monitoramento ambiental realizado pelas agências nacionais. Os dados gerados pelo SO HYBAM são disponibilizados livremente à comunidade internacional através de sua plataforma web, numa abordagem ciência aberta (Open science).

      Parcerias principais

      Brasil

      Serviços de Estado

      • Instituto Geologico Nacional (CPRM)
      • Agencia Nacional da Água (ANA)

      Universidade

      • Universidade de Brasília (UnB)
      • Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
      • Universidade Federal Fluminense (UFF)

      Internacional

      Universidade Paul Sabatier

      Palavras-chave

      Bacia Amazónica; Mudanças climáticas; Sensoriamento remoto; Hidrologia

      Unidade francesa de pesquisa e pesquisadore/as referentes

      UMR GET : Jean-Michel Martinez ; Christelle Lagane

    Rencontre de scientifiques, universitaires, membres d'ONG, réseau ReFBN à Quilombo Sítio Veiga (Choró) - Nordeste brésilien.

    © IRD - Marion Disdier

    Rencontre de scientifiques, universitaires, membres d'ONG, réseau ReFBN à Quilombo Sítio Veiga (Choró) - Nordeste brésilien.

    Rede Franco-Brasileira do Nordeste

    Desde 2017

    Coordenação

    Coordenador brasileiro: Eduardo Martins, Funceme
    Coordenador francês: Julien Burte, CIRAD
    Referente IRD: Sylvain Souchaud, IRD - UMR URMIS

    Contexto

    A região Nordeste conta 54 milhões de habitantes, ou seja, 28% da população brasileira, o que a torna a região semiárida mais populosa do mundo, e também uma das mais vulneráveis: 58% da população vive abaixo do limiar da pobreza e os níveis de desenvolvimento estão entre os mais baixos do país (em média, um IDH de 0,660 em comparação com 0,753 para os estados do sudeste).
    Atualmente, a desertificação, resultado da ação humana e das mudanças em curso, já afeta uma grande parte do território. A situação sócio-econômica rege as estratégias das populações rurais, contribuindo para uma gestão insustentável dos recursos naturais o que, por sua vez, aumenta a vulnerabilidade dos habitantes. Além disso, as mudanças climáticas são responsáveis por uma irregularidade crescente das chuvas, eventos extremos (grandes secas, enchentes) estão se tornando cada vez mais frequentes, com consequências para os ecossistemas e as atividades humanas. Frente às ameaças, atores de proveniências diversas juntaram-se para formar a Rede Franco-Brasileira do Nordeste (ReFBN).

    As organizações participantes vem da pesquisa brasileira e internacional, de instituições públicas e autoridades do Brasil, da rede diplomática francesa, são também atores da cooperação para o desenvolvimento e atores da sociedade civil.

    Objetivos

    A ReFBN reúne atores envolvidos no combate à desertificação no semiárido Nordeste, a fim de desenvolver sinergias entre as atividades internacionais de pesquisa e o financiamento para um desenvolvimento sustentável e organizado na região.

    Nesta rede, o IRD participa de dispositivos de pesquisa, como resultado da sua longa presença nesta região e da cooperação ativa com institutos brasileiros:

    • Participação no INCT Ondacbc para melhor entender o funcionamento do bioma Caatinga, ver acima
    • Participação no observatório PIRATA para o monitoramento do clima no Atlântico tropical   ver acima
    • Criação do GDRI-sud ARID  e do PSF-sud ARID que estudam a gestão dos recursos hídricos em zonas áridas e semiáridas.

    Palavras-chave

    Ciência aberta; Cooperação científica; Zona Semiárida; Ciência para o desenvolvimento sustentável (SciDur); Desenvolvimento sustentável

    Parcerias principais

    Parceria científica

    • Universidade Federal do Ceara (UFC)
    • Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
    • Instituto Nacional do Semiárido (INSA-Campina Grande)
    • Centro de cooperação internacional em pesquisa agrícola para o desenvolvimento (CIRAD)

    Serviços estatais e de apoio à pesquisa

    • Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)
    • Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE)
    • Fundação de Amparo à pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA)
    • Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP)
    • Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB)
    • Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ)
    • Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI)
    • Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL)
    • Fundação de Apoio à Pesquisa e a Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC)
    • Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
    • Ministerio da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC)

    Outros Atores

     Echantillons de sédiments extraits du forage du cratère Colônia. Il s'agit de collecter des données inédites sur le climat des zones tropicales sur 1 million d'années afin de mieux définir les changements climatiques dans ces régions (2017)

    © Moises Saman - BNP Parisbas - Magnum photos - IRD

    Echantillons de sédiments extraits du forage du cratère Colônia. Il s'agit de collecter des données inédites sur le climat des zones tropicales sur 1 million d'années afin de mieux définir les changements climatiques dans ces régions (2017)

    Lista das unidades de pesquisa francesas

    Paysage de caatinga, nord-est du Brésil.

    © IRD - Marion Disdier

    La caatinga est un type particulier de végétation et un écosystème ayant ce type de végétation, situé dans le Nordeste du Brésil (2019).

    Os convênios

    • Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)
      • Accord de Coopération Scientifique et Technique
      • Validité : 23/08/2011 – 23/08/2021
    • Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
      • Accord de Coopération
      • Validité : 20/06/2012, tacite reconduction
    • Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
      • Mémorandum d’Entente
      • Validité : 03/04/2018 – 02/04/2023
    • Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME)
      • Accord-cadre de Coopération Scientifique et Technique
      • Validité : 07/11/2017 - 06/11/2021
    • Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
      • Accord de Coopération
      • Validité : 17/08/2010 – 17/08/2020
    • Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
      • Protocole d’Intentions
      • Validité : 13/06/2016 – 13/06/2021
    • Serviço Geológico do Brasil (CPRM)
      • Accord interinstitutionnel
      • Validité : 5/11/2019 – 5/11/2024
    • Serviço Geológico do Brasil (CPRM)
      • Accord pour le développement du projet "Étude de la dynamique fluviale des grands bassins hydrographiques par télédetéction spatiale"
      • Validité : 5/11/2019 – 5/11/2024
    • Universidade de Brasília (UnB)
      • Mémorandum d’Entente Académique, Scientifique et Culturelle
      • Validité : 20/11/2017 - 19/11/2022
    • Universidade Estadual do Amazonas (UEA)
      • Accord de Coopération Scientifique et Technique
      • Validité : 11/02/2019 – 11/02/2023 
    • Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
      • Accord de Coopération
      • Validité : 04/05/2013, tacite reconduction
    • Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
      • Accord de Coopération Scientifique et Technologique
      • Validité : 01/12/2015 – 01/12/2020
    • Universidade Federal do Ceará (UFC)
      • Accord-cadre de Coopération Scientifique et Technique
      • Validité : 12/07/2018 - 11/07/2022
    • Universidade Federal do Pernambuco (UFPE)
      • Accord de Coopération Académique Scientifique International
      • Validité : 15/07/2014 – 15/07/2019
    • Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
      • Protocole d’Intentions
      • Validité : 13/06/2016 – 13/06/2020
    • Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE)
      • Protocole d’Intentions
      • Validité : 01/11/2019 - 01/11/2024
    • Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
      • Accord Général de Coopération Académique et Scientifique
      • Validité : 13/05/2016 – 13/05/2021
    • Universidade de São Paulo (USP)
      • Memorandum of Understanding
      • Validité : 20/11/2017 - 19/11/2022
    • Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA)
      • Accord général de coopération technique et scientifique
      • Validité : 17/10/2019 - 17/10/2024