Após um workshop regional na Amazônia realizado de 3 a 5 de julho em Manaus, Brasil, cientistas do IRD e de cinco países amazônicos assinaram a "Declaração de Manaus para uma pesquisa engajada na Amazônia e compartilhada".
A declaração, construída e assinada por cientistas do Brasil, Colômbia, Equador, França e Peru, traz 25 ações em prol de:
- A biodiversidade e uma gestão sustentável e equitativa dos recursos naturais
- Os georrecursos e uma melhor saúde humana
- Cidades sustentáveis e desenvolvimento territorial
- Sistemas alimentares sustentáveis e a ligação entre terra e solo
- Clima, água e um gradiente terra-mar
Esta declaração é um apelo dos cientistas por uma abordagem regional inclusiva e pragmática para a gestão sustentável dos socioecossistemas amazônicos:
"Nós, participantes do workshop em Manaus, afirmamos que a proteção da Amazônia requer uma abordagem sistêmica, do local para o global, e um compromisso coletivo e inclusivo. Devemos desenvolver pesquisas que atendam às necessidades das populações locais em seus territórios."
Publicada às vésperas da Cúpula da Amazônia, que ocorre nos dias 8 e 9 de agosto em Belém, Brasil, a Declaração de Manaus pretende ser uma contribuição para os debates sobre as políticas a serem implementadas para proteger de forma sustentável a floresta tropical e mostrar as contribuições essenciais da ciência na tomada de decisões.
O IRD nos Diálogos sobre a Amazônia
Antes da cúpula da Amazônia, o Ministério Brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovação organizou os "Diálogos sobre a Amazônia" de 4 a 6 de agosto em Belém, Brasil, com a participação de representantes dos países amazônicos, da sociedade civil, cientistas e povos indígenas. Jhan-Carlo Espinoza, diretor de pesquisa do IRD em ciências ambientais, participou destes dias de reflexão sob o tema "Biodiversidade-bioeconomia: um programa científico para o desenvolvimento sustentável da Amazônia". O objetivo era identificar maneiras pelas quais a ciência pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico da região de maneira sustentável, promover o papel dos pesquisadores no desenvolvimento conjunto de uma agenda científica e demonstrar como a ciência pode esclarecer os tomadores de decisão.