A edição 2024 da escola doutoral Fábrica de Ideias “Os turbulentos anos noventa, a ´descoberta´ do multiculturalismo e do patrimônio imaterial e a reconfiguração dos Estudos Étnicos e Africanos: perspectivas do Sul Global” aconteceu de 2 a 13 de setembro na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A Fábrica de Ideias é uma escola doutoral internacional em caráter intensivo sobre estudos étnico-raciais e africanos que promove edições anuais desde 1998, sempre com a preocupação de articular teoricamente esses dois campos e de propiciar espaços de interlocução de abrangência verdadeiramente global, envolvendo pesquisadores em diferentes estágios da carreira acadêmica.
Esse evento, coincide com a comemoração dos 65 anos do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO). A escola doutoral se realizou em duas etapas, uma primeira em formato de simpósio internacional e a segunda como seminário avançado de pesquisa, focado nos projetos de pesquisa dos alunos.
Objetivos :
O principal objetivo é proporcionar uma reflexão avançada sobre os campos dos Estudos Africanos e dos Étnicos, com particular atenção às suas inter-relações, e aos impactos de sua reconfiguração a partir da última década do século XX, reunindo um conjunto significativo de pesquisadores de referência oriundos do Sul Global (baseados no Brasil e em outros países da América Latina, Caribe, África e Europa).
A Escola Doutoral é voltada para a formação de jovens pesquisadores, entre professores universitários em início de carreira, pós-doutorandos e pós-graduandos, também oriundos de diversas partes do Sul Global, de modo a fortalecer e diversificar a rede de interlocução intelectual internacional para além dos tradicionais circuitos que ligam eles aos centros acadêmicos do Norte, fortalecendo a posição do Brasil como um dos principais centros de produção de conhecimento no Sul Global.
Nesta edição, pela primeira vez e em caráter experimental e inovador, participarão da escola doutoral até 10 detentores de cultura.
Mesas redondas
De 9 a 13, quatro mesas redondas sobre “Patrimônios imateriais afro-indígenas” serão organizadas e realizadas, em colaboração com IPAC e o IRD, por Adriana Cerqueira e Christine Douxami (IRD UMR IMAF):
- 12 de setembro às 14h : "Histórias do patrimônio imaterial: memórias da escravização de africanos e indígenas e políticas públicas antirracistas". Para assistir.
- 13 de setembro às 9h : "Os anos 90 e a construção da política do Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil". Para assistir.
- 13 de setembro às 14h : "As disputas pelo reconhecimento institucional dos patrimônios culturais afro-brasileiros". Para assistir.
- 13 de setembro às 16h : "A salvaguarda do patrimônio cultural imaterial: desafios para a sociedade e a política cultural brasileira". Para assistir.