No dia 25 de abril, Danielle Mitja (Espace-Dev) e Carlos Hiroo Saito (professor da UnB) organizaram um minicurso de extensão sobre meio ambiente e biodiversidade no auditório da Coordenação Regional de Ensino de Santa Maria.
Participaram na reunião 35 funcionários (professores e coordenadores) de 18 escolas e 3 representantes do CRE de Santa Maria.
Na oportunidade, Danielle Mitja apresentou alguns vídeos relacionados com o kit pedagógico "No país da palmeira babaçu", expôs o projeto de pesquisa e terminou com uma sessão de jogo das 7 famílias, após explicação oral das regras do jogo.
Carlos Hiroo Saito, posteriormente, explicou o projeto de biodiversidade e lançou uma sessão de jogos.
Para concluir, seis exemplares do jogo sobre a biodiversidade e três exemplares do kit pedagógico foram entregues a cada escola para que possam ser utilizados na sala de aula.

© Danielle Mitja
Composto de 5 jogos de tabuleiro e um jogo de computador na internet, o kit tem como objetivo sensibilizar turmas do Fundamental 1 & 2 e Ensino médio das escolas rurais no Brasil sobre os diferentes aspectos do babaçu. Está sendo divulgado atualmente, particularmente em regiões do Norte do Brasil onde o babaçu está presente.
O kit é livremente reproduzível e consiste dos jogos seguintes:
- Jogo 7 Famílias
- Jogo de localização geográfica
- Jogo da memória
- Puzzle
- Livreto do professor

© Danielle Mitja
Este evento é o fruto de uma cooperação franco-brasileira que apresenta jogos educativos desenvolvidos no âmbito do Projeto Probio-Educação Ambiental, MMA-2005 e no âmbito do Projeto Babaçu.
O objetivo é capacitar professores de ensino fundamental e médio no uso de jogos educativos voltados para promover a educação ambiental em comprometimento com a conservação da biodiversidade.
Contexto:
O babaçu é uma espécie de palmeira encontrada na Amazônia brasileira. É uma planta de usos múltiplos: usada como alimento para animais e humanos, material para a construção, artesanato ou inclusive fabricação de cosméticos, para dar apenas alguns exemplos. Mas também é vista como uma planta invasiva por outros atores: o babaçu se reproduz muito rapidamente nas pastagens competindo com a criação de gado, motivo pelo qual agricultores procuram erradicá-la de seus pastos.
Buscando entender as diferentes facetas do babaçu e conciliar a conservação da palmeira com os interesses dos diferentes atores, pesquisadores franceses e brasileiros trabalharam entre 2013 e 2019 no Projeto de Assentamento (PA) Benfica, no Estado do Pará.
Para isso, a pesquisa foi colaborativa, construída de acordo com as necessidades dos atores, e incluiu agricultores, a comunidade, alguns atores econômicos ligados ao babaçu, atores da sociedade civil.
Um dos resultados foi o desenvolvimento do kit educativo "No país da palmeira babaçu".

© UnB
Formadores do minicurso:
Doutor Carlos Hiroo Saito
Professor titular do departamento de Ecologia/IB e centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB
Doutora Danielle Mitja
Pesquisadora do IRD (Espace-Dev)